sexta-feira, 28 de agosto de 2009

T I VERDE

TI VERDE É BOM, MAS VAMOS MAIS FUNDO UM POUCO?

As grandes empresas no ramo tecnológico aderiram ao movimento da TI Verde. Há agora inúmeras referências ao tema na internet, revistas, outdoors pela cidade, etc. É de fundamental importância ver o segmento adotar a bandeira do ecologicamente correto. Mas o que é “ser verde”? Honestamente eu não sei, sei que é amedrontador a simplificação e a carona “marketeira” em torno do tema.

A TI Verde tem seu lado bom que é a provocação do tema e o reforço na mente das pessoas da consciência ecológica. O fato é que, por conta da vontade de “ser verde”, empresas passaram a fabricar equipamentos sem ou com pouco uso de componentes ou substâncias de teor poluente, e que consomem menos energia elétrica do que o normal, com melhor eficiência de refrigeração - particularmente em servidores.

Na reciclagem tem uma coisa que realmente me incomoda, que é o desperdício. Consumir produzindo material reciclável é menos ruim, mas não o adequado. O ideal deveria ser não desperdiçar. Reciclar tem “despesa ecológica”: gasta água, gera dióxido de carbono (CO2) na hora da queima de materiais, e talvez gere até metais pesados (esse último depende do que está sendo queimado.).

Uma pergunta para reflexão meus caros amigos: ‘É melhor reciclar ou usar por mais tempo?’
Para as empresas é mais viável reciclar pois não terão mais tantos gastos com a fabricação de um equipamento novo.

Fazendo uma análise na indústria dos computadores pessoais, os PCs, estima-se que exista no Brasil um parque de 60 milhões e que, por ano, seja produzido um número superior a 12 milhões de novas unidades destes produtos. Tais computadores, segundo os padrões da indústria atual, devem durar até três anos.

Depois desse período, parte deles será reciclada, voltando, segundo algumas iniciativas mais atuais, às camadas menos favorecidas da população. Outra parte terá componentes introduzidos novamente na indústria através de reciclagem de materiais (plástico, metal etc.). E uma nada desprezível porção vai virar lixo definitivo e perigoso (metais pesados, pilhas etc.).

As iniciativas que estão aí não são ruins, mas estão longe de resolver o problema. Ao executar qualquer ação de “alma verde”, as empresas de certo modo fazem a sua parte para a preservação do meio ambiente. Uma empresa de TI diz que é ecologicamente correta porque a fabricação de seus produtos é com plástico reciclável e livre de chumbo, quando o certo seria fazer produtos mais duráveis – para serem descartados em um tempo mais longo.

SOBRE A VIRTUALIZAÇÃO

Vejo com bons olhos o recente movimento de virtualização na indústria de PCs. Creio que, finalmente, direta ou indiretamente, o problema de geração de lixo esteja sendo equacionado com computadores pessoais passando a durar (sem perda de performance) por cinco ou mais anos por conta da implantação desse conceito de otimização do uso de sistemas.

Os impactos na indústria serão grandes e muitas empresas terão de se reinventar. Muitas vão reagir negativamente, tentar negar e manter o modelo da vida curta, gerador de vendas consecutivas, com alto custo ecológico, além, é claro, dos custos diretos de capital.

Para finalizar, pense um pouco se você, na sua rotina do dia a dia, não está banalizando o consumo sob proteção do rótulo “reciclável”. Afinal, reciclar é apenas uma alternativa. O ideal é não usar.
materia pesquisada pelo colaborador: Williams Godoi

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog